Mulheres, homens, guerra dos sexos, desigualdades de gênero, sexo forte, sexo frágil, e afins… Assuntos que nunca me interessaram até certo momento da minha vida. Achava eu, na inocência que se permite à juventude, que não seria o fato de ser mulher ou homem que faria diferença na minha vida profissional, em minha atuação na sociedade – bastaria o mérito, a eficiência, a capacidade para esta ou aquela atividade e pronto! Só dependeria de mim!
Claro, essa ilusão não durou muito (talvez tenha durado mais do que deveria)… aos poucos e a duras penas, aprendi que recorrentemente precisaria comprovar muito mais qualificação para alcançar o respeito e o reconhecimento que é quase natural à média dos homens, em termos profissionais e sociais. E aprendi que teria de aceitar salários menores e dificuldades específicas no acesso a cargos mais elevados, à progressão na carreira, por ser mulher. Na academia científica não é diferente: reproduzem-se as discriminações de gênero (não só, infelizmente) que se encontram na sociedade. E isso cansa, exige energia e atenção contínuas.
Sem pretensão alguma de discutir o assunto do ponto de vista neurológico, psicológico ou mesmo social, aqui registro apenas minhas impressões. Como mulher, reconheço diferenças de gênero. Minha percepção do mundo é a feminina, minha lógica de apreensão dos fatos e de respostas a eles, minha forma de dialogar, discutir e buscar soluções comuns me parecem diferentes da masculina. Nem melhor, nem pior: diferente, não desigual.
Abomino desigualdades de toda sorte. Discriminar é tratar como desigual.
Assim, a eleição da primeira mulher para o cargo mais importante da nação lança uma luz no fim do túnel, planta uma semente de esperança para as gerações futuras de brasileiras: “Sim, a mulher pode!”
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É isso aí! Quem a sabe agora, a discriminação contra a mulher aqui no Brasil seja ao menos atenuada!
Adorei o post!
Não sei não, meninas… Acho importante caminharmos na direção dessa desmistificação de que à mulher algumas coisas não seriam permitidas. Mas temo que haja muitas mulheres mais machistas que os homens.
E o que faremos com isso?
Viva la revolucion! Viva las mujeres!
Roseli, ótimo post. Desigualdade de gênero ainda tem muito espaço pra discussão. Com base no seu texto, escrevi um post com dados que acabaram de sair do PNUD:
http://prosaeconomica.wordpress.com/2010/11/16/sim-a-mulher-pode-ainda-pode-poder-mais/
Abraço, Adriano.